A instrução dos portugueses

A população portuguesa com o nono ano de escolaridade ou superior tem vindo a aumentar – quase duplicando entre 1991 e 2001 (acréscimo de 85%). Este facto poderá dever-se sobretudo às medidas tomadas durante este período que visaram o aumento da escolaridade mínima obrigatória para nove anos.

Observando os mapas, verifica-se a clara alteração verificada na década considerada.

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Em 1991, a maioria dos concelhos tinha uma percentagem inferior a 15% de população com habilitações de nove ou mais anos de escolaridade (excepção feita aos concelhos da envolvente de Lisboa, do Porto e de Coimbra). Dez anos volvidos, a distribuição espacial desta variável tornou-se tendencialmente mais homogénea, tendo a maior parte dos concelhos entre 15 a 25% da sua população com o mínimo de frequência do nono ano.

Em 2001, eram 15 os concelhos cuja população com o nono ano ou superior é de 40% ou mais, o mesmo número de concelhos que ainda apresentam 15% da sua população com instrução abaixo deste patamar.

Também nas Regiões Autónomas a evolução foi notória, sendo de salientar os concelhos de Funchal e Santa Cruz que em 1991 tinha uma população com habilitações iguais ou superiores ao nono ano de 21% e 11%, respectivamente, passando para 36% e 30% em 2001.

Em termos de nível de ensino, em 1991, 37% da população portuguesa possuía apenas o 1º Ciclo do Ensino Básico, tendo essa percentagem em 2001 descido para 34%. O maior aumento relativo verificou-se ao nível do Ensino Secundário (subindo de 4 para 7% entre 1991 e 2001) e no Ensino Superior (com um acréscimo de 3 pontos percentuais no mesmo período).

A análise tem como base informação dos dois últimos Recenseamentos do INE, disponível no sistema de informação regional Sales Index da Marktest.com.